O crescimento da criminalidade e a redução da estrutura do aparelho policial criaram um quadro dramático em Chapecó. Motivados por esse cenário, empresários e trabalhadores se reúnem ás 9h30 da manhã desta terça-feira (25), na esquina da avenida Getúlio Vargas com a Marechal Deodoro, no centro da cidade, para o ato público da campanha CHEGA DE VIOLÊNCIA: CHAPECÓ UNIDA EXIGE SEGURANÇA.
A campanha foi convocada pela Associação Comercial e Industrial (ACIC), Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) e Sindicato do Comércio da Região de Chapecó (Sicom) com a adesão de 50 organizações da sociedade civil. De acordo com as entidades, enquanto o efetivo de policiais civis e militares foi reduzido em 25%, o número de delitos cresceu mais de 450% nos últimos dez anos. Mensalmente são registradas mais de 25.000 ocorrências, desde delitos leves, comunicados de furtos, acidentes de trânsito, até assassinatos, roubos, furtos qualificados, arrombamentos e sequestros que engrossam as estatísticas oficiais. Cerca de 50% das ocorrências ficam sem atendimento por falta de homens e de viaturas.
A situação em Chapecó é de carência em áreas vitais. Não há policiamento ostensivo, sistemático e habitual da Polícia Militar, o que facilita a ação delituosa. Quando o cidadão é lesado e recorre à proteção do Estado, a Polícia Civil não tem recursos humanos para investigar. Os menores infratores compõem um preocupante capítulo à parte nesse quadro. Com forte potencial ofensivo e intensa reiteração em crimes contra a vida e o patrimônio, esses agentes do crime aterrorizam a cidade, demandam frequentes ações policiais e raramente permanecem apreendidos.